LG G6
- Goncalo Pereira
- Sep 17, 2017
- 2 min read
Com a apresentação do LG G6, a marca Coreana vem (re)afirmar em grande o seu estatuto no mundo dos smartphones. Um smartphone topo de gama que apesar de comum na sua forma rectangular, é diferente na maneira como desta faz uso.
A LG veio com o seu novo G6 cortar com algumas das maiores falhas que podemos apontar ao seu antecessor, o LG G5: foi o fim das capas e baterias removíveis. Com isto, trouxe um pacote muito mais solido, com a protecção IP68 oferecida pelos seus rivais mais directos. Contudo, nem tudo é perfeito, como o facto de optar pelo processador do ano passado, assim como o uso de um LCD em detrimento de um ecrã AMOLED.
Se por um lado, vemos o Google Pixel a não comprometer com o Snapdragon 821, o mesmo já não podemos dizer do ecrã AMOLED, especialmente neste G6 que tanto se gabou em apresentação das suas capacidades multimédia e da imersão oferecida pelo sua proporção de ecrã.

Uma nova janela para o mundo:
Com este terminal, a LG foi a primeira a assumir em massa a produção de um novo tipo de ecrã que ocupa mais de 80% da proporção do corpo do smartphone, diminuindo em muito os bezels trazendo com isso uma nova perspectiva e forma de visualizar e aproveitar conteúdo.
Solido, elegante, completo e inovador, este parece o regresso da LG a um firme e promissor percurso. Contudo, chegará a elegância deste novo dispositivo para conquistar o mercado?
Não. Na minha opinião o problema da LG não se prende com os seus topo de gama. Há muito que a minha experiência com equipamentos desta marca coreana vem revelando o problema estratégico da marca: os modelos de entrada de linha são incapazes de gerar um interesse continuado na marca.
Semelhante à estratégia agora clara da rival Coreana Samsung, a LG tem de começar a criar uma base solida de clientes, logo a partir do primeiro contacto. Esta tem sido claramente a aposta da Samsung, com a sua linha de equipamentos A e J. Dotados da mesma linguagem estética dos seus topos de gama, os novos A da Samsung são capazes de despertar o interesse dos seus clientes na marca e deixar o bichinho do que seria ter um Galaxy S. Pegando neste exemplo tão perto de casa, associado a uma linguagem simples e eficaz como tem sido o exemplo da Motorola com o seu Moto G, a LG precisa não só de re-inventar o seu flagship, mas sim a toda a sua linha, em torno de uma imagem uniforme e clara.
Semelhante a outras marcas como o caso da HTC, parece-me que será esta a única maneira das outrora marcas grandes recuperarem mercado face às duas gigantes Samsung e Apple. Quanto ao G6, o tempo dirá os resultados da LG.
Imagem: https://4gnews.pt/lg-g6-ja-anunciado-flagship/
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